
Viajar é experimentar todas as sensacoes e paisagens da vida com muita intensidade e num período curtíssimo de tempo. Alegria, tristeza, beleza, miséria, amizade, solidao, encontros e despedidas. Há uma música, que se nao me engano é do Chico César, mas ouvi na voz do Renato Braz, que diz assim: "caminho se conhece andando, e de vez em quando é bom se perder. Perdido fica perguntando, vai sò, distraìdo, e acha sem saber". Sábias palavras. Quando planejamos uma grande aventura, ou mesmo uma ida até a esquina, subestimamos o poder do acaso ou do destino ou dessa forca que nos poe de encontro a algumas pessoas e lugares. Essa forca é uma das coisas mais intrigantes da vida. A teia de acasos, encontros e desencontros. "E se eu nao estivesse naquela esquina? E se o onibus atrasasse 5 minutos? E se eu demorasse um pouco mais no banho?" É o famoso efeito borboleta. Um bater de asas num canto do mundo, pode causar um furacao do outro lado. Pequenas coisas mudam uma vida.
Quando estou no caminho entre uma cidade e outra aqui no Chile, vem na cabeca esse tipo de pensamento. Fico recordando as coisas que se encontraram e desencontraram para que hoje eu estivesse aqui. Qual a minha parcela de influencia nisso? Permancece ainda um mistério. Nao sei quem ou o que controla isso tudo. O homem ou seu destino? Viajar é cair de cabeca num mar de beleza e imensidao que no final das contas pinta um quadro infinito de imaginacoes sobre isso que é a vida. E quantas vezes eu já disse a palavra vida até aqui, nao?
Estou em Puerto Montt, e breve irei para a Ilha de Chiloé. Um lugar longinquo e místico, onde talvez eu aprenda mais sobre esse negócio estranho e bonito que é viver!
Hasta Luego!
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ResponderExcluirOlá Lucas, com certeza o caminho é feito ao caminhar. Aprendemos, vivemos e nos descobrimos nele.
ResponderExcluirDeixo para voce um trecho da poesia do espanhol Antonio Machado.
“Caminhante, são tuas pegadas
o caminho, e nada mas;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar se faz o caminho
e ao olhar para traz
vê-se a senda que jamais
se há de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente rastros no mar...”
Abraço,
Almir
Te parabenizo pela coragem de viver! Você descreve e escreve tão bem Ninno, que entendo completamente seus sentimentos, quando leio parece que estou viajando junto com você.
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